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Levantamento do IBGE indica que situação da família é chave para a renda dos filhos

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expressão “é uma pessoa de berço” marca a trajetória do indivíduo na sociedade brasileira. Pesquisa do IBGE sobre mobilidade socio-ocupacional, divulgada ontem, mostrou que a situação dos pais ainda é determinante para renda, escolaridade e emprego dos filhos. Principalmente para os que têm pais sem instrução, a barreira é imensa. Mesmo que consigam completar o ensino superior, o salário será de R$ 2.603 se os pais forem sem instrução. Mas se os pais também conseguiram completar o ensino superior, o filho vai ganhar 158% mais, alcançando renda de R$ 6.739.

— Sempre enfatizamos a importância da própria educação para renda, mas vemos na pesquisa que a educação dos pais conta muito. Quando o pai e mãe têm ensino superior, com rendimento maior, podem investir no desenvolvimento infantil, pagar escolas privadas, que tendem a ser melhores que as públicas e isso aumenta a probabilidade de entrar numa universidade melhor — afirma Naercio Menezes Filho, coordenador do Centro de Políticas Públicas do Insper.

Essa distância salarial vai diminuindo conforme aumenta a escolaridade dos pais. Quando eles têm o ensino médio completo, os filhos formados em universidades conseguem ganhar mais: R$ 4.902. Mesmo assim, o salário ainda é 27% menor do que o daqueles cujos pais também têm diploma universitário.

— Ainda há forte dependência de origem. O arranjo familiar interfere na alfabetização, no nível de instrução, na renda e na ocupação. Em termos de capital econômico, cultural e pessoal, a situação vai se perpetuar na próxima geração se a desigualdade não diminuir — diz Flávia Vinhaes Santos, analista da Coordenação de Trabalho e Rendimento do IBGE.

A comparação feita com salários mínimos leva à mesma conclusão. Quando o pai não tem instrução, somente 3,3% dos filhos conseguem ganhar mais de cinco salários mínimos. Essa proporção sobe para 22,7% quando a família tem ensino médio completo e salta para 47,4% no caso de pais formados na faculdade.

— Sinaliza que as pessoas não estão tendo as mesmas oportunidades. Fazem um esforço gigantesco por não terem as mesmas oportunidades. A mobilidade é uma questão mais importante nos países que são muito desiguais como o Brasil. Numa sociedade mais justa, a formação dos pais seria irrelevante. No caso brasileiro, é um problema mais difícil de resolver — afirma o sociólogo Marcelo Medeiros, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

Menezes Filho também lembra das conexões que auxiliam o filho, o que aumenta a distância dos rendimentos dependendo do berço:

— Os pais trabalham em grandes empresas, têm conexões, conhecem outros empresários, o que facilita a colocação do filho em empregos que pagam mais.

O jovem Daniel Walassy, de 23 anos, natural do Maranhão, é um entre poucos. Com o pai com fundamental incompleto, conseguiu concluir a universidade. Esse avanço só é realidade para 13,1% dos filhos com pai nesse nível de escolaridade, de acordo com a pesquisa do IBGE. Ele é o primeiro na família da sua mãe, e um dos primeiros na do seu pai, a completar o ensino superior. Conseguiu isso após sair do Maranhão para estudar no Rio de Janeiro. Formou-se em julho em Comunicação Social e já está empregado.

Walassy não vê sua trajetória como exceção. Segundo ele, há histórias parecidas entre seus amigos do ensino médio, como colegas que entraram em universidades públicas e conseguiram até fazer intercâmbio fora do país.

— Isso tem acontecido devido às políticas públicas de ações afirmativas e investimentos no desenvolvimento científico do país. Enem, Ciências Sem Fronteiras e outros programas abriram portas e espaço para uma maior mobilidade — comenta Walassy, que agora quer fazer uma pós-graduação na área de Comunicação e aperfeiçoar uma língua estrangeira.

OPÇÃO POR CARREIRAS MAL REMUNERADAS

Uma das razões que explicam essa diferença de renda, mesmo com o nível educacional semelhante, é o perfil das carreiras daqueles que são os primeiros de suas famílias a ingressar no ensino superior, segundo a diretora-executiva do movimento Todos pela Educação, Priscila Cruz. Cursos como Pedagogia e Contabilidade costumam estar entre os mais populares, justamente aqueles de menores salários. A carreira de Direito, lembra ela, também é procurada, mas a maioria não consegue aprovação na prova da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), o que restringe as oportunidades profissionais:

— É uma realidade cruel. Não bastam só os anos de estudo, é necessária qualidade do estudo. Em qualquer avaliação de aprendizagem, observamos que, quanto maior é o nível socioeconômico, melhor é o resultado. Há um peso grande da origem.

Segundo o Ministério de Desenvolvimento Social e Agrário, que fez convênio com o IBGE para a realização do levantamento, os números mostraram a importância da presença dos pais na educação dos filhos: “O programa de primeira infância lançado pelo ministério, o Criança Feliz, reconhece essa importância e vai dar suporte às famílias para que elas estimulem o desenvolvimento cognitivo de seus filhos desde os primeiros anos de vida. Há estudos mostrando que os estímulos à primeira infância têm enormes efeitos sobre a vida adulta, com efetivos resultados sobre empregabilidade e rendimento”.

Sobre a avaliação do programa Brasil Sem Miséria — lançado em 2011, no governo Dilma Rousseff —, que era um dos objetivos de se fazer a pesquisa, o ministério afirmou que ainda não possível tirar conclusões com os primeiros números divulgados pelo IBGE: “Mas certamente iremos aproveitar essa base de dados para tentar inferir, com estudos mais aprofundados, alguns efeitos de ações relacionadas ao programa”.

 

Flávia, do IBGE, cita dados do Banco Mundial para América Latina e diz que houve mobilidade:

— Os resultados mostram muita mobilidade entre 1995 e 2010 na América Latina, mas ainda persiste um nível de desigualdade grande na região por causa dessa dependência da origem.

*Estagiário, sob supervisão de Cássia Almeida



Fonte: http://oglobo.globo.com/economia/pais-com-maior-escolaridade-resultam-em-salario-mais-alto-mostra-pesquisa-20477582#ixzz4QMiusV7z 

STF nega recurso de faculdades que questionavam lei do Fies

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Ministros consideraram constitucional artigo que impede resgate antecipado de títulos do governo por instituições de ensino em débito com a Previdência

O Supremo Tribunal Federal (STF) julgou improcedente a Ação Direta de Inconstitucionalidade, feita pela Confederação Nacional dos Estabelecimentos de Ensino (Confenen) contra dispositivos da Lei 10.260/2001, que impede as faculdades de resgatar os titulos do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) antecipadamente, caso estejam em débito com a Previdência Social.

Por unanimidade, os ministros consideraram constitucional o artigo 12 da lei do Fies, que impede o resgate antecipado dos títulos da dívida pública em posse de instituições de ensino que estejam em débito com a Previdência.

“Esta norma apenas prevê que o resgate antecipado do título emitido em favor do Fies condiciona-se à satisfação das obrigações previdenciárias, o que não impede que essas obrigações sejam apreciadas pelo Poder Judiciário em processo no qual se assegure a ampla defesa e o contraditório”, afirmou a presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, relatora da ação.

Taxa administrativa

Senado aprovou no último dia 9 a medida provisória 55/2016, que transfere da União para as instituições de ensino superior a obrigação de remunerar os bancos pelos custos decorrentes da concessão do Fundo de Financiamento Estudantil. A decisão vai impactar 1.358 faculdades privadas no Brasil.

De acordo com a lei que criou o programa, os bancos devem ter remuneração correspondente a 2% do valor dos encargos educacionais liberados. A intenção do governo federal é aperfeiçoar o financiamento estudantil a partir de uma maior participação das instituições privadas de ensino beneficiadas.

Antes da edição da MP, os bancos eram remunerados pelo Tesouro Nacional, por meio do Fundo Nacional de Desenvolvimento Educacional (FNDE), o que deixará de ocorrer. Para o Executivo, a instituição de um modelo de financiamento estudantil com mais participação das faculdades beneficiadas no custeio do programa vai fortalecer o programa.

Mais cedo, o ministro da Educação, Mendonça Filho, pediu urgência na aprovação da MP, que venceria nesta sexta-feira (11). Em visita ao presidente do Senado, Renan Calheiros, o ministro afirmou que o governo estima que a mudança trará a partir de 2017 – se mantido o atual número de contratos (731 mil) – uma economia anual de até R$ 400 milhões para os cofres públicos.

O relator da medida provisória, senador Ataídes Oliveira (PSDB-TO), elogiou a iniciativa do governo e acrescentou que os recursos poupados poderão ser revertidos em favor de outras ações educacionais.

LEIA MAIS: O que mudou com Temer nos programas sociais como o Bolsa Família

Segundo o senador, o Fies já é o item de maior desembolso federal em educação, chegando a representar 15% de toda a despesa da União na área. Em 2015, o investimento foi de R$ 17,8 bilhões e a previsão para este ano é de investir R$ 18,7 bilhões no programa. "É uma medida de suma importância para o nosso País. Além da economia, vai proporcionar a possibilidade de financiamento de novas matrículas", declarou Ataídes.

Programa

O Fundo de Financiamento Estudantil é destinado à concessão de financiamento a estudantes regularmente matriculados em cursos superiores presenciais não gratuitos e com avaliação positiva no Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes).

Além disso, o candidato precisa ter renda familiar bruta por pessoa de até três salários mínimos, o que equivale a R$ 2.640, deve ter realizado o Enem – a partir de 2010 – e não ter concluído algum curso de ensino superior.

A partir do primeiro semestre de 2016, a seleção dos estudantes aptos para a contratação de Fies começou a ser efetuada exclusivamente com base nos resultados obtidos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Com a nova norma, é exigido que o candidato alcance média aritmética das notas obtidas nas provas do Enem igual ou superior a 450 pontos, além de não poder zerar na nota da redação.

 

Fonte: Último Segundo - iG @ http://ultimosegundo.ig.com.br/educacao/2016-11-17/fies.html

Novos custos devem reduzir interesse de faculdades pelo Fies

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Com a MP 741, as instituições de ensino terão que pagar encargos bancários do Fies, o que deve reduzir o número de vagas. Em vigor desde julho, a medida foi aprovada pelo Congresso e, agora, aguarda sanção de Temer

 

Lígia CostaEste endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

 

À espera de sanção presidencial, a Medida Provisória 741 - que transfere parte das despesas bancárias do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) da União para as instituições de ensino superior no Brasil - deve respingar na oferta de vagas do programa, reduzindo-as. A estimativa é do professor Airton de Almeida Oliveira, presidente do Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do Ceará (Sinepe).


“O Governo está dizendo que alguém vai pagar (a taxa) e o custo vai ser alocado de algum canto. Ou a instituição vai absorver ou isso vai comprometer a oferta de vagas nas instituições porque tudo é custo”, analisa, destacando ainda que a proposta deveria ter sido posta em prática ainda na implantação do programa. “Se não é o aluno quem vai pagar, é a instituição. Isso é comprometedor”.


Conforme o texto, as instituições ficam encarregadas de pagar o equivalente a taxas administrativas, fixadas em 2% sobre o saldo do crédito liberado e o repasse deve ser feito diretamente aos bancos. De acordo com o ministro da Educação, Mendonça Filho, há um compromisso do Governo em garantir que as mudanças não impliquem em aumento do custo do financiamento para os estudantes.


Henrique Soárez, diretor da Faculdade 7 de Setembro (FA7), corrobora que a medida reflete uma mudança “nas regras do jogo”, que podem prejudicar o acesso dos estudantes ao programa, cuja “atratividade” para as faculdades vai se perder em médio prazo. “O que vai acontecer é que, num primeiro momento, não vai afetar quem já está matriculado. Mas, em algum ponto, vai afetar o aluno porque o financiamento deixa de ser oferecido pelas faculdades”.


Ele afirma ainda que o programa do Ministério da Educação já conta com várias burocracias em seu processo e “agora, o recurso que a gente recebia antes do Fies vai sendo comprometido, com o jogo em andamento”.


Sem custo para alunos

Emerson Lavor, diretor de Programas Estudantis do Grupo Ser Educacional, mantedor da Faculdade Maurício de Nassau, diz que o aluno não sentirá “ em hipótese alguma qualquer impacto” com a nova taxa. “Em verdade, o trabalho das instituições é diminuir o impacto sobre os seus faturamentos”, diz ele, ressaltando que o número de vagas ofertadas no Fies também não será reduzido. “Nesse segundo semestre houve redução (nas vagas) em relação ao 1º semestre, mas isso é natural. Até o ingresso no vestibular é sempre menor nesse período”.

 

Embora afirme que só poderia avaliar precisamente a medida quando virar lei, divulgada no Diário Oficial da União (DOU), Vânia Costa, secretária geral do Centro Universitário Christus, calcula que o prejuízo para as instituições seria “mínimo”, tendo em vista a situação “muito difícil” em que o programa já se encontra. “O Fies não entrou desde o começo do semestre e os veteranos não fizeram o aditamento completo”. Adiciona que, apesar dos problemas, as vagas não deverão sofrer um decréscimo no ano que vem. “Talvez, se depender do Governo, não sejam ofertadas outras vagas, porque não vamos ter orçamento. Mas as vagas existentes não vão ser reduzidas”.


NÚMEROS

 

2%

sobre o saldo do crédito liberado devem ser pagos pelas instituições de ensino

 

SERVIÇO


Confira íntegra da MP 741/2016

Onde: http://bit.ly/2eUnIdx

 

 Fonte: http://www.opovo.com.br/app/opovo/economia/2016/11/16/noticiasjornaleconomia,3669643/novos-custos-devem-reduzir-interesse-de-faculdades-pelo-fies.shtml

Índice de endividamento em Fortaleza é o mais baixo desde 2014

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63,8% dos consumidores possuem algum tipo de dívida em novembro.
Dados são de pesquisa da Fecomércio.

 

Pesquisa da  Federação do Comércio do Estado do Ceará (Fecomércio-CE) revela que 63,8% dos consumidores da capital cearense possuem algum tipo de dívida em novembro. O índice está 2,4 pontos percentuais abaixo do indicador do último mês de outubro (66,2%) e é o melhor resultado desde novembro de 2014, quando o índice media 58,4%.

Além da redução na taxa de endividamento, a proporção de consumidores com contas em atraso (21,0%) e o percentual da renda comprometida com o pagamento de dívidas (36,8%) caíram. Mas a Federação recomenda  atenção ao controle das dívidas, já que os principais motivos declarados para o desequilíbrio financeiro são a falta do orçamento familiar e as compras por impulso.

Dívidas em atrado
A proporção dos consumidores com contas ou dívidas em atraso teve redução de 1,0 ponto percentual, passando de 22,0%, em outubro, para 21,0% neste mês.  Os problemas financeiros afetam mais as mulheres (21,4% dos entrevistados desse grupo afirmaram possuir contas em atraso), os consumidores do grupo com idade entre 25 e 34 anos (24,2%) e do estrato com renda familiar abaixo de cinco salários mínimos (21,2%).

O tempo médio de atraso é de 72 dias e a principal justificativa para o não pagamento das dívidas é o desequilíbrio financeiro - a diferença entre a renda e os gastos correntes – citado por 69,4% dos consumidores. O segundo motivo mais citado é o adiamento por conta do uso dos recursos em outras finalidades, com 29,3%, seguido da contestação da dívida (80,4%).

Os instrumentos de crédito mais utilizados pelos consumidores são os cartões de crédito, citados por 79,6% dos entrevistados; o financiamento bancário (veículos, imóveis etc.), com 13,8%; os carnês e crediários, com 9,5%; e os empréstimos pessoais, com 8,8%. 

Orçamento familiar
A Pesquisa de Endividamento também revela que 80,1% dos consumidores de Fortaleza afirmam fazer orçamento mensal e acompanhamento eficaz dos seus gastos e rendimentos, o que contribui para um melhor controle dos níveis de endividamento, sendo que 10,9% relataram que fazem orçamento dos rendimentos, mas sem controle eficaz dos gastos e 9,0% dos entrevistados informaram não possuir orçamento e tampouco controle dos gastos.

A falta de planejamento orçamentário é um problema crítico para o controle do endividamento, estando sempre entre um dos principais motivos para o atraso ou inadimplência. Dos fatores que os consumidores consideram que mais contribuem para esse problema, listam-se: a falta de orçamento e controle dos gastos, com 48,1%; as compras por impulso, sem necessidade ou além do necessário, com 27,3%; o aumento dos gastos considerados essenciais, com 22,9%; compras antecipadas, com 21,7%; desemprego, com 11,8%; gastos imprevistos, com 11,7%; e redução dos rendimentos, com 10,6%.

A pesquisa é realizada mensalmente com entrevistas a mil consumidores e  tem como objetivo indicar a capacidade de endividamento do consumidor de Fortaleza, visando conhecer o comprometimento financeiro desse, em relação ao comércio local.

 Fonte: http://g1.globo.com/ceara/noticia/2016/11/indice-de-endividamento-em-fortaleza-e-o-mais-baixo-desde-2014.html

Bancos brasileiros fazem segunda maior reserva para calote em 10 anos

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Itaú, BB, Bradesco e Santander somaram provisões de R$ 22,76 bi no 3º tri. Aumento da inadimplência justifica movimento, que reduziu lucro de bancos.

 

Com o avanço das taxas de inadimplência, os maiores bancos do país reservaram uma parte maior de recursos para arcar com calotes nas operações de crédito. Bradesco e Itaú creditaram parte de sua redução de lucros no terceiro trimestre deste ano ao aumento das provisões.

Nos balanços de Banco do Brasil, Bradesco, Itaú e Santander, há um aumento nos montantes da chamada Provisão para Devedores Duvidosos (PDD) – uma espécie de “fundo” que os bancos deixam reservado para se proteger em caso de possíveis calotes de seus clientes.

As provisões feitas pelos quatro bancos de julho a setembro somaram R$ 22,76 bilhões. O volume, 14% superior ao observado no trimestre anterior, é o segundo maior dos últimos dez anos. Os números são da provedora de informações financeiras Economatica.  

O montante mais alto desde 2006 havia sido informado um ano atrás, no terceiro trimestre de 2015, quando atingiu R$ 27,73 bilhões. Foi no trimestre anterior daquele ano que o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro recuou 1,9%, e o país entrou em recessão técnica.

“Temos um processo de retroalimentação. Os agentes financeiros aumentam a taxa de juros dos empréstimos ao incorporarem o risco do não recebimento de seus devedores duvidosos. Este movimento, por sua vez, encarece os empréstimos a famílias e empresas. Por fim, potencializa mais a inadimplência”, disse o economista Marcos Pedro, professor de finanças e coordenador da Trevisan Escola de Negócios – RJ.

O Bradesco, que divulgou o balanço do terceiro trimestre nesta quinta-feira (10), registrou a maior taxa de inadimplência entre os bancos. De 3,8% em setembro de 2015, o índice subiu para 5,4% um ano depois. Desconsiderando a inclusão do HSBC, comprado em julho de 2016, o Bradesco diz que sua taxa seria de 5,2%. Com isso, o banco acabou reservando o maior valor entre as instituições: R$ 7.468.222.

Na sequência, aparece o Itaú Unibanco. A taxa passou de 3% para 3,9%. Apesar de ter registrado o segundo maior índice, a provisão para créditos não foi a segunda entre os bancos. A provisão somou R$ 5.181.783.

O Banco do Brasil também viu o perfil da sua carteira piorar de novo, com o índice de inadimplência acima de 90 dias subindo 3,51%, ante 2,06% um ano antes. O total de provisão do banco foi o segundo mais alto entre os bancos e chegou a R$ 4.615.888.

A inadimplência no Santander também ficou acima de 3% no terceiro trimestre. De 3,2% em setembro de 2015, a taxa passou para 3,5%.  Por se tratar de um banco menor que os outros privados e estatais, a instituição reservou R$ 3.579.362 para créditos duvidosos.

Caixa Econômica Federal

Nesta segunda-feira (14), o balanço da Caixa Econômica Federal mostrou que no terceiro trimestre, a inadimplência dos clientes também cresceu, de 3,2% no final de junho, para 3,48%, em setembro.

Ao contrário dos demais bancos, que elevaram as provisões contra calote no terceiro trimestre do ano, a Caixa reduziu as reservas. O valor das provisões somou R$ 5,1 bilhões no trimestre, recuo de 18,4% em relação ao mesmo período de 2015.

Apesar de ter divulgado suas informações financeiras, o banco não entrou no levantamento da Economatica porque não tem capital aberto, ou seja, não possui ações negociadas na bolsa brasileira.

Inadimplência

Em setembro, a taxa de inadimplência dos clientes bancários pessoas físicas e das empresas, nas operações com recursos livres (exclui crédito imobiliário, rural e do BNDES), voltou a subir e atingiu 5,89%. Foi o maior patamar desde o início da série histórica do Banco Central, em março de 2011.

Fonte: G1

Fonte: http://www.portalodia.com/noticias/economia/bancos-brasileiros-fazem-segunda-maior-reserva-para-calote-em-10-anos-288360.html 

 

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