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Com a crise, número de inadimplentes aumenta em faculdades da região

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Mudanças no Fies também atrapalharam planos de universitários.
Algumas instituições oferecem programa de financiamento próprio.

 

Com a redução no orçamento das famílias por causa da crise, muitos universitários estão  inadimplentes. Em algumas faculdades da região, o índice de devedores chegou a dobrar em relação ao ano passado. A alternativa é a negociação e algumas instituições até oferecem programa de financiamento próprio.

 

O estudante César Picardt pagou em dia as mensalidades do curso de fisioterapia durante cinco anos, mas neste ano acabou deixando uma para trás. “No início desse ano, eu tive uma troca de emprego e isso me rendeu alguns problemas e, com isso, eu não tive condições de pagar a mensalidade daquele mês”, disse.

 

O maior problema é que só poderia fazer a rematrícula se acertasse os débitos. “Fui até a direção, ela parcelou em quatro vezes e eu consegui pagar essa pendência e fazer a matrícula normalmente”, explicou.

 

Na faculdade de Picardt, em Rio Claro, a inadimplência passou de 15% em 2015 para 30% em 2016. Em outra, em São João da Boa Vista, a situação é parecida.

 

“Houve naturalmente um aumento na inadimplência em razão da conjuntura que estamos vivendo, ou seja, as pessoas estão perdendo o poder de renda, somando também a questão do Fies, onde houve uma diminuição drástica da quantidade de vagas. As pessoas acabaram complicando seu fluxo financeiro e atrasando algumas parcelas”, afirmou o gerente de controladoria da faculdade, Rodrigo Simão.

Mudanças no Fies
As mudanças no Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), que passou a ter um critério mais rígido de seleção, pode mesmo ter atrapalhado os planos de muitos universitários. Mas para o economista Léo Carrille, o culpado por tantos boletos atrasados é outro. “É o desemprego, não tenho dúvida. Fecharam 170 mil lojas no país todo, então eu imagino quantos alunos estão na rua e não vão poder pagar”, ressaltou.

 

A luta das faculdades é para que os inadimplentes não se transformem em desistentes. Em uma faculdade de Rio Claro, o número de matrículas nesse semestre já é 20% menor do que no começo do ano. Por isso, o esforço agora é para atrair novos alunos. “Fizemos parcerias com muitas empresas, aumentamos a parceria com os órgãos públicos, intensificamos nosso programa social e também criamos uma parceria que facilita ao estudante, com pagamento de 50% da parcela no momento que ele está presente na escola e os outros 50% após a formatura”, explicou o diretor Arthur Darezzo Filho.

 

Financiamento próprio

Em outra faculdade, a aposta para manter os alunos que perderam o Fies também é um programa de financiamento próprio. Na última matrícula, 20% do total de alunos recorreram a esse crédito. “Ele veio substituir ou dar uma segunda opção, trazendo para esse aluno a possibilidade de garantir seus estudos e aquele valor que ele pagaria na sua mensalidade coubesse dentro das finanças familiares dele”, afirmou o diretor Marcelo Paraizo.

 

Fonte: http://g1.globo.com/sp/sao-carlos-regiao/noticia/2016/08/com-crise-numero-de-inadimplentes-aumenta-em-faculdades-da-regiao.html

 

 

 

Inadimplência encarece crédito apesar de manutenção dos juros básicos

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O congelamento dos juros básicos da economia não está chegando ao consumidor final. Enquanto a taxa Selic está em 14,25% ao ano desde julho do ano passado, os juros para os tomadores de crédito não pararam de subir no período. As taxas foram encarecidas pela inadimplência, que impulsionou o spread bancário – diferença entre as taxas que os bancos pagam para captar recursos e as que cobram dos consumidores.

 

Somente num intervalo de 12 meses, o spread médio subiu 9,2 pontos percentuais. Em junho, segundo os dados mais recentes divulgados pelo Banco Central (BC), o spread atingiu 39,7% ao ano. Esse é o nível mais alto registrado desde que a autoridade monetária mudou a metodologia de apuração das taxas de juros do sistema de crédito, em 2011.

 

Se for considerado apenas o crédito para as pessoas físicas, a diferença entre os juros de captação e aplicação correspondeu a 58,5% ao ano, alta de 13,4 pontos percentuais entre junho de 2015 e junho deste ano. Em relação aos empréstimos para as empresas, o spread atingiu 18,2% ao ano, alta de 3,2 pontos percentuais na mesma comparação.

 

A conta inclui apenas as linhas de crédito operadas com juros livres, sem financiamentos com taxas subsidiadas como as do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) ou com recursos da poupança. A diferença pode ser observada quando se compara a evolução das taxas usadas na captação – quando as instituições financeiras pegam dinheiro emprestado dos correntistas e oferecem juros em aplicações como poupança e CDB – e os juros cobrados na concessão de crédito.

 

Apesar de os bancos estarem gastando menos para captar recursos em relação ao início do ano, o consumidor ainda não sentiu a diferença. Depois de atingir o recorde de 15,2% ao ano em janeiro, a taxa média de captação para o crédito com recursos livres caiu para 9,9% ao ano em junho. Mesmo assim, as taxas finais médias para os consumidores não pararam de subir e totalizaram 52,2% ao ano em junho, também no maior nível desde o início da nova série histórica do Banco Central.

 

Juros recordes

 

Apenas nos 12 meses terminados em junho, os juros finais para os tomadores de empréstimo e financiamento subiram 8,9 pontos percentuais, turbinados pelo aumento do spread bancário. De acordo com o professor de Finanças da Fundação Getulio Vargas (FGV) Fabio Gallo, a alta do spread é explicada pelo aumento da inadimplência.

 

“A inadimplência é o principal fator que justifica o spread bancário. Num momento de queda da renda e do emprego, a qualidade do crédito piora. Os bancos cobram de todos o que alguns clientes não pagam, o que resulta numa taxa média maior para todos”, explica Gallo. Em maio, a inadimplência, definida pelo BC como atrasos superiores a 90 dias no pagamento de parcelas, bateu o recorde de 5,8%, recuando levemente para 5,6% em junho.

 

O especialista, no entanto, não descarta a possibilidade de que alguns bancos tenham aproveitado a movimentação para ampliar o lucro. “É possível que algumas instituições tenham embutido, nas taxas finais, a recomposição de margens de lucro que ficaram comprimidas nos anos de juros baixos e de crédito farto”, comenta Gallo.

 

Para o professor da FGV, o spread deverá cair nos próximos meses caso a economia comece a se recuperar e o movimento de queda na inadimplência se consolide. “Há indicadores que mostram que a economia está começando a sair do fundo do poço, como a produção industrial e as vendas. Se a inadimplência continuar a cair, os bancos reduzirão o spread e as taxas finais”, acrescenta.

 

A Agência Brasil procurou a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) para saber os motivos da alta do spread bancário. Por meio da assessoria de imprensa, a entidade informou que não comenta temas da conjuntura econômica.

 

Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil
Edição: Juliana Andrade
23/08/2016

 

Fonte: http://www.redenoticia.com.br/noticia/2016/inadimplencia-encarece-credito-apesar-de-manutencao-dos-juros-basicos/93464

Atraso de salário e desemprego são causas de metade dos endividamentos no Brasil

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Um levantamento realizado pela Recovery, empresa líder em gestão e administração de créditos em atraso, aponta que, no primeiro semestre deste ano, o desemprego e o atraso de salários foram a causa de 49% dos endividamentos de consumidores no período. No mesmo período do ano passado, o principal fator era o descontrole financeiro que sozinho respondia por 66% do total.

Com a crise econômica do país pressionando o cenário das famílias, o atraso dos salários ganhou representatividade no ranking, passando a ser o segundo principal causador de inadimplência, indo de 3% no primeiro semestre de 2015 para 26% nos seis primeiros meses de 2016. O descontrole financeiro ainda é responsável por 44% dos casos de inadimplência.

Os dados consideram as respostas de 25 mil consumidores consultados pela Recovery, que representam o perfil da carteira de 11 milhões de inadimplentes administrada pela companhia.

“Desemprego e atrasos de salário estão pressionando as famílias e gerando endividamento. Esse novo cenário tem exigido uma adaptação do setor de cobrança, exigindo negociações personalizadas a nova realidade do consumidor”, explica André Calabró, diretor de Cobrança da Recovery.

De acordo com o executivo, a mudança no perfil das causas da inadimplência tem impactos também nas condições de renegociação. “O mercado de cobrança tende a se adaptar a essa nova realidade. O objetivo da Recovery é o de promover negociações sustentáveis, com parcelas que caibam no bolso do cliente e que possam permitir a reinserção desse consumidor no mercado”, completa Calabró.

(Redação - Agência IN)

Fonte:http://www.investimentosenoticias.com.br/noticias/negocios/atraso-de-salario-e-desemprego-sao-causas-de-metade-dos-endividamentos-no-brasil

MEC fixa regras para ocupação de vagas remanescentes do Fies

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As vagas ociosas poderão ser redistribuídas para outros cursos da mantenedora da instituição de ensino. A regra já havia sido empregada no primeiro semestre

Por Da redação

O Ministério da Educação divulgou nesta segunda-feira uma portaria com as regras para a ocupação de vagas remanescentes do processo seletivo do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) do segundo semestre de 2016. De acordo com o texto, o preenchimento dessas vagas poderá ocorrer em qualquer curso e turno das Instituições de Educação Superior (IES) da mantenedora que tiveram vagas selecionadas pela Secretaria de Educação Superior do MEC no processo seletivo regular.

A portaria, publicada no Diário Oficial da União, ressalta que a ocupação das vagas remanescentes estará limitada, por curso e turno, ao número de vagas propostas no Termo de Participação das empresas de ensino, “subtraídas aquelas efetivamente ocupadas no processo seletivo regular”.

Baixa ocupação de vagas

A mudança já havia sido feita no primeiro semestre desse ano. Anteriormente, as vagas podiam ser redistribuídas apenas entre os cursos de uma mesma instituição de ensino superior.

No início do ano, o governo priorizou três áreas para a ocupação das vagas do Fies (saúde, engenharias e formação de professores) e o setor privado do ensino superior tentou negociar mudanças nas regras. Segundo os representantes, a ocupação das vagas havia sido baixa. O Sindicato das Mantenedoras de Ensino Superior (Semesp) estimou que quase metade (46%) das vagas não foram preenchidas, de acordo com levantamento feito com 70 associados.

Segundo o Semesp, muitos candidatos não se enquadravam nos limites de renda estabelecidos no Fies ou desistiam ao perceber que o programa iria financiar apenas uma fatia da mensalidade.

Inscrição

A inscrição dos estudantes será feita por meio do Sistema de Seleção do Fies. Ainda não foi divulgada a data das inscrições e o número de vagas disponíveis.

Pode se inscrever o estudante que tenha participado do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) a partir de 2010, com média superior a 450 pontos, e não tenha tirado zero na prova de redação. Outro requisito é ter renda familiar mensal bruta per capita de até três salários mínimos.

O Fies é um programa do governo que oferece financiamento em instituições privadas de ensino superior com juros mais baixos a estudantes de baixa renda.

(Com Estadão Conteúdo)

 

Fonte: http://veja.abril.com.br/educacao/mec-fixa-regras-para-ocupacao-de-vagas-remanescentes-do-fies/

Cortes na educação comprometem avanços históricos no ensino superior

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Pesquisa revela que mais pobres são maioria em universidades federais; governo interino divulgou corte de 20% na pasta para 2017, o que pode comprometer o andamento da educação superior

por Redação RBA

São Paulo – As universidades públicas brasileiras devem passar por um intenso processo de precarização durante a gestão do presidente interino, Michel Temer (PMDB-SP). Na última semana, o Ministério da Educação (MEC), por meio do secretário de Educação Superior, Paulo Barone, anunciou cortes da ordem de 20% no repasse para universidades federais em 2017. Os valores serão incorporados no Projeto de Lei do Orçamento Anual (Ploa), que o Executivo deve enviar ao Congresso até o fim deste mês.

Na prática, o contingenciamento de recursos para a educação, presentes na Ploa, antecipa o Projeto de Emenda Constitucional (PEC 241), que limita os gastos primários do governo, como saúde e educação, à inflação do ano anterior. Os mais afetados pelas medidas devem ser os mais pobres. Isso porque o Plano Nacional de Assistência Estudantil (Pnaes), que dá subsídios para que estudantes de baixa renda não deixem os estudos, está no alvo direto dos cortes, de acordo com as entidades. O secretário nega, mas os danos devem ser sentidos de qualquer maneira.

“Há sinalizações de que os cortes serão realizados e eles deverão impactar o Pnaes, direta ou indiretamente”, afirmou a reitoria da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) para a RBA. Em resposta aos ataques promovidos pelo governo provisório, a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) anunciou na terça-feira (9), que vai se somar à Frente Parlamentar Mista Pela Valorização das Universidades Federais na luta contra o desmonte da educação brasileira.

A presidenta da Andifes, Ângela Paiva Cruz, afirmou que medidas do governo interino tornam o cenário “muito difícil para acomodar as ações que precisam ser executadas pelas universidades (…), principalmente aquelas relativas às obras, concursos e assistência estudantil (Pnaes)”.

Outro ponto que preocupa profissionais ligados à educação superior pública é o congelamento da contratação de novos professores. “Este é um ponto extremamente importante (…) não pode haver a impossibilidade de contratação de professores, porque nós teremos um caos institucional, no sentido da paralisação desses cursos”, alerta a reitora da Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT), Maria Lúcia Cavalli Neder.

Caos e desigualdade

A Frente que defende a educação organizou, também na terça-feira, um ato público na Câmara dos Deputados para apresentar o relatório “Perfil Socioeconômico e Cultural dos Estudantes de Graduação das Universidades Federais Brasileiras”. O estudo apontou que a maioria dos estudantes nas universidades federais são membros de classes mais baixas. De acordo com o estudo, 66,19% dos alunos têm origem em famílias com renda média de 1,5 salário mínimo. As regiões Norte e Nordeste concentram os maiores percentuais: 76,09% e 76,66%, respectivamente.

“Tivemos uma mudança significativa no perfil dos estudantes, sobretudo depois da Lei das Cotas, o que prova que o discurso de que só estudam filhos de ricos nas federais é mito”, afirmou a presidenta da Andifes. Além da lei de cotas, aprovada em 2013 durante governo da presidenta Dilma Rousseff (PT), constam como fatores que ajudaram os bons resultados: o fortalecimento do Enem a partir de 2009, no então governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva; e a adesão das instituições federais ao Sistema de Seleção Unificada (Sisu), também fruto de políticas dos governos petistas.

O Pnaes também entra como responsável por este cenário positivo. Logo, os futuros cortes promovidos pelo governo interino podem influenciar negativamente na Educação, que para o deputado Assis Carvalho (PT-PI), presente durante o ato, “é o maior legado que um governo popular e comprometido com os mais pobres, como foi o de Lula e o de Dilma, pode deixar para o nosso país”.

 

Fonte: http://www.redebrasilatual.com.br/educacao/2016/08/cortes-na-educacao-comprometem-avancos-historicos-na-area-4432.html

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