UFU sofre corte de bolsas e deve ter orçamento reduzido em 2017
A Universidade Federal de Uberlândia (UFU) informou que o Ministério da Educação (MEC) sinalizou um corte de 20% no orçamento para 2017. Segundo o pró-reitor de Planejamento da UFU, José Francisco Ribeiro, em investimentos - que envolvem despesas com livros, obras, informática, equipamentos, em 2013 a UFU executou R$ 44 milhões; em 2015, foram R$ 20 milhões e em 2017, projeta-se um valor de R$ 15 milhões.
A instituição também perdeu bolsas de alunos já selecionados no último edital de bolsas de Iniciação Científica e Inovação Tecnológica (PIBIC, PIBITI).
Em nota o MEC disse ao G1 que a base de comparação usada pelas universidades é o orçamento global de 2016 do MEC para as instituições federais de ensino superior, quando de fato, a relação tem de ser com a programação orçamentária ou orçamento executado. Nesse sentido, o orçamento contingenciado é uma previsão que normalmente não atinge o valor previsto e que o orçamento de 2017 é que os valores aprovados e executados serão cumpridos em sua totalidade.
O MEC disse ainda que a iniciativa se alinha ao equilíbrio fiscal para que o país saia da crise e que a responsabilidade da atual gestão é ajustar os gastos, sem perda da qualidade na educação.
De acordo com o pró-reitor de Planejamento da UFU, em relação aos recursos de custeio, usados na manutenção cotidiana da instituição, "o Plano Nacional de Assistência Estudantil que supostamente foi preservado, perdeu aproximadamente R$ 1 milhão. No que toca ao conjunto das Instituições Federais de Ensino, os pró-reitores têm notificado os reitores sobre o quadro de cada instituição. O clima é de profunda preocupação", lamentou.
Corte de bolsas
A Diretoria de Pesquisa (Dirpe) informou nesta quarta-feira (10) que cortou 52 bolsas de alunos já selecionados no último edital de bolsas de Iniciação Científica e Inovação Tecnológica (PIBIC, PIBITI) na UFU.
A universidade justificou a medida devido ao corte de 20% do número de bolsas em nível nacional realizado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
A UFU disse que solicitou ao CNPq que reconsidere o corte de bolsas, pois os Programas de Iniciação Científica são vitais para o fortalecimento e consolidação da Pesquisa Científica.
Déficit em 2015
Em 2015, a política de redução orçamentária adotada pelo governo federal fez com que os repasses de verba para a UFU fossem reduzidos drasticamente. Na época o pró-reitor de planejamento e Administração, José Francisco Ribeiro, disse que o orçamento foi contingenciado em aproximadamente R$ 10 milhões em custeio e R$ 20 milhões em investimentos por parte da universidade.
“Em 2015, o déficit ao final do exercício foi de R$ 11 milhões aproximadamente na unidade gestora UFU. Em 2014, não superou os R$ 7 milhões. É preciso conceituar que esse déficit corresponde às despesas realizadas num exercício e pagas com recursos do exercício seguinte”, esclareceu Ribeiro.
Fonte: http://g1.globo.com/minas-gerais/triangulo-mineiro/noticia/2016/08/ufu-sofre-corte-de-bolsas-e-deve-ter-orcamento-reduzido-em-2017.html