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Renegociação de financiamento habitacional em atraso bate recorde

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Relatório do Banco Central mostra que a restruturação de dívidas no segmento dobrou desde dezembro de 2013

A persistente crise econômica, a perda da renda e o aumento do desemprego têm forçado os principais bancos brasileiros a intensificar a renegociação de dívidas em atraso. O fenômeno vem crescendo em todas as linhas de crédito, mas ganhou força sobretudo no financiamento habitacional. A modalidade se expandiu no bom momento da economia e, no fim do primeiro semestre, bateu recorde de renegociação.

Um relatório recente do Banco Central mostra que a parcela da carteira imobiliária que passou por renegociação praticamente dobrou desde dezembro de 2013, quando o Banco Central começou a acompanhar essa modalidade. Lá atrás, 0,20% da carteia de crédito imobiliário foi reestruturada. Em junho passado, a fatia havia subido para 0,39%, o maior valor no período.

A reestruturação costuma ser positiva para todas as partes porque a inadimplência desses clientes tende a diminuir depois do processo. Contudo, o consumidor deve entender que o banco não será tão solícito em todos os casos. “Os bancos costumam negociar só com aqueles que têm poucas parcelas em atraso”, afirma Tathiana Cromwell, diretora da Associação dos Mutuários de São Paulo e Adjacências.

Os especialistas indicam que, ao primeiro sinal de descontrole no orçamento, o consumidor já procure a instituição financeira para tentar acordo. “O crédito imobiliário é a última coisa que o consumidor deixa da pagar. Quando ele fica inadimplente é porque a situação degringolou”, diz o consultor de crédito Marcelo Prata.

A Caixa Econômica Federal, que detém cerca de 70% do financiamento imobiliário, diz, em nota, que a renegociação com os clientes ajudou o banco a controlar a inadimplência, cujo porcentual ficou em 1,84% nos últimos 12 meses. O banco também afirma considerar normal a renegociação em financiamentos de longo prazo e destaca, ainda, que é comum a quitação antecipada dos contratos renegociados.

No Santander, a área de financiamento imobiliário não costumava aumentar o prazo do financiamento ou dar carência no pagamento. Em meados de março, o banco passou a usar essa estratégia para evitar a inadimplência. As medidas vieram para complementar outras ferramentas mais antigas, como o uso do FGTS para abater parte da dívida e a incorporação das parcelas em atraso ao restante do financiamento.

“A ideia é não deixar o cliente chegar na ‘UTI’. A maior parte da venda dessas soluções ocorre por nossa iniciativa”, afirma Rodrigo Monteiro de Barros, superintendente de Negócios Imobiliários do Santander. Barros diz, sem detalhar números, que houve alta expressiva nas renegociações neste ano.

Para Tathiana, da Amspa, o alongamento de prazo pode ser uma saída, mas ela alerta que a solução não é oferecida para todos. “Quem já financiou pelo prazo máximo, que pode ser de 30 ou 35 anos, dependendo do banco, não vai conseguir estender o prazo.”

O Itaú Unibanco afirma que notou “um pequeno crescimento nos atrasos iniciais(menores que 90 dias) do crédito imobiliário” e que atua para dar orientação financeira que ajude nas situações imprevistas.

Procurados, o Banco do Brasil e o Bradesco informaram que ainda não observaram um aumento nas renegociações de seus créditos imobiliários.

(Com Estadão Conteúdo)

Fonte: http://veja.abril.com.br/economia/renegociacao-de-financiamento-habitacional-em-atraso-bate-recorde/

MEC decide não financiar novas bolsas de residência médica em 2017

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Luísa Martins,
O Estado de S. Paulo

 

BRASÍLIA - O Ministério da Educação (MEC) decidiu que, no ano que vem, não criará novas bolsas de estudos para médicos residentes. Em ofício enviado aos coordenadores das comissões de residência médica das universidades, a pasta usa o argumento de "corte orçamentário".

Emitido em 19 de setembro, o documento é assinado pelo diretor de Desenvolvimento da Educação em Saúde do MEC, Dioclécio Campos Júnior. Ele afirma no texto que "será mantido apenas o quantitativo de bolsas financiadas em 2016, incluindo os R1 (residentes do primeiro ano)".

A deliberação atende a uma demanda da Associação Nacional dos Médicos Residentes (ANMR). No ano passado, os residentes deflagraram greve, reivindicando, entre outros itens, a interrupção de abertura de novas vagas - pela lei, toda vaga exige pagamento de bolsa. A associação criticava a ampliação de vagas pelo governo Dilma Rousseff, uma vez que programas já existentes não estariam recebendo investimentos suficientes. "Criam-se novas vagas só para engordar a estatística, sob um viés eleitoreiro", afirmou à época o presidente da ANMR, Arthur Danila, em entrevista ao Estado.

Nas redes sociais, a Associação Nacional dos Médicos Residentes (ANMR) recebeu críticas por não se "indignar" com a recente decisão do MEC. Quem fez comentários nesse sentido na página da organização obteve respostas irônicas, como "mais amor para você" e "obrigada pela participação".

 

A organização não foi localizada para comentar o caso, mas lançou nota de esclarecimento. Segundo o texto, ainda que o MEC tenha abolido novas bolsas, ainda há outras fontes pagadoras, como o Ministério da Saúde, as secretarias municipais e estaduais de Saúde e entidades filantrópicas, como as Santas Casas. No texto, diz que "as bolsas existentes estão garantidas" e que "a progressão das bolsas de R1 para R2 (residentes do segundo ano) também não sofrerão alteração".

Segundo fontes do MEC, os "calouros" dos programas de residência médica - equivalentes a uma pós-graduação - não devem se preocupar com o financiamento do curso, uma vez que alunos do último ano, quando terminam a residência, automaticamente "liberam" bolsas de estudo para os próximos ingressantes.

A manutenção das bolsas que já vigoram custa R$ 600 milhões aos cofres do MEC, que responsabiliza a gestão antecessora pelos cortes no orçamento. Apesar de confirmar a veracidade do ofício, o ministério afirma se comprometer com a criação de mais 356 vagas de residência médica para o ano que vem, totalizando 12,9 mil. "O MEC reafirma o compromisso com a formação de médicos para o Brasil", defendeu-se a pasta, em nota enviada pela assessoria de imprensa.

 

Fonte: http://educacao.estadao.com.br/noticias/geral,mec-nao-vai-financiar-novas-bolsas-de-residencia-medica-em-2017,10000079314

 

Sem preparo e financiamento, 3 em 10 alunos largam cursos de exatas

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ANGELA PINHO                                                                                                                                                                                                                         DE SAO PAULO

                                                                                                                                                       

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/educacao/2016/10/1819158-sem-preparo-e-financiamento-3-em-10-alunos-largam-cursos-de-exatas.shtml 

ENTREVISTA-Potencial do mercado de recuperação de crédito no Brasil é de R$300 bi, diz Recovery

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Por Aluísio Alves

SÃO PAULO (Reuters) - O mercado de recuperação de crédito inadimplente no Brasil deve voltar a crescer nos próximos meses e só o setor bancário tem um estoque superior a 300 bilhões de reais, disse à Reuters Flávio Suchek, presidente da Recovery, líder do setor.

Segundo o executivo, fatores como o aumento da população bancarizada, que ampliou o acesso aos tomadores, e o atual ciclo prolongado de aumento dos calotes vão incentivar vendas de carteiras pelos bancos, os maiores vendedores de crédito vencido.

"O mercado só tende a crescer, diante do aumento da inadimplência e do amadurecimento do setor", disse o presidente da Recovery, empresa criada na Argentina, em entrevista à Reuters.

A recuperação de crédito floresceu rapidamente nos últimos anos no país, que enfrenta a maior recessão em quase um século, com reflexos no rápido aumento do desemprego, das recuperações judiciais e de falência de empresas.

De meados de 2010, quando a Recovery chegou ao país, esse mercado passou de algumas centenas de milhões para cerca de 25 bilhões de reais no ano passado, segundo estimativas de empresas do setor.

Com uma carteira de mais de 50 bilhões de reais em valor de face e cerca de 60 por cento do mercado, a Recovery tem dito que prevê triplicar seu portfólio nos próximos dois anos.

Esse impulso deve vir majoritariamente das carteiras vendidas pelo Itaú Unibanco, que no fim de 2015 comprou 89 por cento da Recovery, antes controlada pelo BTG Pactual, por cerca de 1,2 bilhão de reais.

"Naturalmente devemos ter transferência de carteiras do Itaú em condições de mercado", disse Suchek.

Segundo fontes do mercado, o Itaú Unibanco tem planos de vender à Recovery bilhões de reais em créditos vencidos, com uma primeira tranche de 5 bilhões já realizada no primeiro semestre. O executivo evitou mencionar números, mas admitiu que uma primeira operação com o Itaú aconteceu em maio.

Com base em números do Banco Central, Suchek calcula que só o mercado bancário no país produza todo ano algo em torno de 100 bilhões de reais em créditos vencidos, e uma parcela muito pequena desse montante é vendida ao mercado.

Para Suchek, no entanto, pelo menos dois fatores devem fazer essa realidade mudar nos próximos anos. A primeira é o perfil médio do tomador mais recente de crédito, de quem os bancos têm um volume maior de informações, o que facilita o acesso a ele.

Além disso, os bancos estão buscando alternativas para Basileia 3, acordo prudencial global que exigirá das instituições financeiras uma alocação de capital maior para operações mais arriscadas. A tendência, então, é que os bancos vendam parte das carteiras vencidas para aliviarem o peso dessas exigências. Basileia 3 entra em vigor integralmente no Brasil em 2019.

 

Para otimizar a recuperação de seus créditos vencidos, alguns bancos têm optado por ter uma estrutura própria para fazer o trabalho. Além do Itaú com a Recovery, o Banco do Brasil é dono da Ativos, também uma das maiores nesse mercado. O Bradesco tem dito que vai criar também a sua empresa de recuperação.

Esse movimento reflete, em parte, o temor dos bancos de que ao repassarem carteiras próprias, outras empresas, inclusive de concorrentes, conheçam dados de suas operações.

No caso da Recovery, o Itaú Unibanco manteve a companhia com uma estrutura segregada e independente. Entre outros motivos, porque o plano é que a Recovery siga operando com bancos como Santander Brasil e Banco Votorantim, como tem feito nos últimos anos.

Para Suchek, nem todos os maiores bancos devem ter uma empresa própria para o setor, porque a estrutura necessária para operar recuperação de crédito de forma competitiva leva tempo e investimentos.

Uma evidência dessa realidade, disse ele, foi a queda de cerca de 30 por cento do volume de crédito recuperado pelo setor no Brasil no primeiro semestre, ante mesma etapa de 2015, diante da recessão continuada no país.

"No caso da Recovery, essa queda foi de cerca de 10 por cento", disse Suchek, acrescentando que o desempenho refletiu em parte o uso de ferramentas que permitiram conhecer melhor o perfil dos devedores e apresentar-lhes planos alternativos para quitar débitos.

EFEITO CAIXA

Após ter girado volume recorde no ano passado, o mercado de créditos vencidos tende no Brasil a cair para algo entre 15 bilhões e 20 bilhões de reais em 2016 após os 25 bilhões de 2015, prevê Suchek.

Essa retração reflete em parte a ordem do Tribunal de Contas de União (TCU), no primeiro semestre, para a Caixa Econômica Federal suspender as vendas de carteiras com atraso, até que o banco estatal explique e corrija irregularidades apontadas pelo órgão.

Só no ano passado, a Caixa vendeu 13 bilhões de reais em crédito vencido, mais de metade do mercado no período. Mais cedo este mês a Reuters publicou, com informações de fontes, que a Caixa só deve voltar a vender carteiras em atraso em 2017.

No entanto, o executivo da Recovery avalia que a inadimplência do sistema ainda em ascensão deve criar grande potencial de negócios por alguns anos.

"O ciclo de piora da inadimplência deve encontrar um fundo entre o final desse ano e início do próximo ano", disse Suchek. "Mas nos próximos anos o mercado deve continuar recebendo boa parte das carteiras vencidas."                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                   Fonte: http://noticias.r7.com/economia/entrevista-potencial-do-mercado-de-recuperacao-de-credito-no-brasil-e-de-r300-bi-diz-recovery-30092016 

7,5 milhões de idosos estão com o nome sujo

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Leda Antunes
do Agora

O Brasil tinha 7,5 milhões de consumidores com 61 anos ou mais com o nome sujo em julho deste ano, revela pesquisa feita pela Serasa Experian.

A faixa etária representou 12,7% do total de pessoas com dívidas atrasadas naquele mês.

O endividamento e a inadimplência dos idosos seguem na contramão do comportamento da população, explica o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi.

Ao longo deste ano, enquanto o número de devedores de todas as idades diminuiu, o total de mais velhos com contas atrasadas aumentou.

Uma das explicações para o crescimento da quantidade de pessoas acima de 61 anos entre os inadimplentes está relacionada à facilidade de acesso ao crédito consignado.

Como esse financiamento é mais acessível aos aposentados, em momentos de alta da inflação e aumento do desemprego, muitos deles são levados a solicitar este tipo de crédito para socorrer as contas da casa ou ajudar familiares e amigos.                                                                                                                                                                                                                                                       Fonte: http://www.agora.uol.com.br/grana/2016/10/1818706-75-milhoes-de-idosos-estao-com-o-nome-sujo.shtml 

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