Inadimplência total do Itaú Unibanco sobe e vai a 3,9% no 3º trimestre
A inadimplência total do Itaú Unibanco, considerando atrasos acima de 90 dias, fechou setembro em 3,9%, piora de 0,3 ponto porcentual em relação ao indicador registrado ao término de junho, de 3,6%. Em relação ao mesmo período do ano passado, quando estava em 3,0%, houve aumento de 0,9 p.p.
No Brasil, o indicador atingiu 4,8% no terceiro trimestre contra 4,5% e 3,8% um ano antes. Em relatório que acompanha suas demonstrações financeiras, o Itaú explica que o aumento foi concentrado em um grupo econômico do segmento de grandes empresas, que já estava com o saldo de crédito 100% provisionado em junho de 2016. O banco não revela o nome do cliente, mas, segundo fontes, seria a Sete Brasil, que está em recuperação judicial.
"Desconsiderando-se esse caso específico, o índice de inadimplência 90 dias total teria permanecido estável e o indicador Brasil teria reduzido 0,1 p.p. no trimestre", destaca o Itaú, no documento.
A inadimplência da pessoa física foi a 5,7% no terceiro trimestre, queda de 0,2 p.p. em relação ao segundo. De acordo com o banco, a melhora foi possível devido, principalmente, à menor inadimplência nas carteiras de cartão de crédito, crédito pessoal e veículos. Em um ano, foi identificada piora de 0,3 p.p.
Já o indicador de atrasos de grandes empresas passou de 1,6% ao final de junho para 2,8% ao término de setembro. Em um ano, estava em 1,5%. "O aumento de 1,2 p.p. em grandes empresas no trimestre foi concentrado em um grupo econômico do segmento e, desconsiderando-se esse efeito, o indicador teria sido 1,4% em setembro de 2016, com redução de 0,2 p.p. em relação a junho", explica o Itaú.
Na pequena e média empresa, a inadimplência, considerando atrasos acima de 90 dias, foi a 6,3% no terceiro trimestre contra 6,0% no segundo. Em 12 meses, estava em 4,2%.
Curto prazo
O índice de inadimplência do Itaú, que considera atrasos entre 15 e 90 dias, ficou em 2,9% ao final de setembro contra 3,2% em junho. No Brasil, o indicador também apresentou melhora, passando de 3,6% no segundo trimestre para 3,6% no terceiro. O indicador de curto prazo de grande empresa passou de 2,3% para 1,5%, nesta ordem, por conta de um grupo econômico do segmento, cuja carteira migrou para atraso acima de 90 dias no terceiro trimestre.
Provisões
As despesas com provisões para devedores duvidosos (PDDs) do Itaú encerraram setembro em R$ 6,169 bilhões no terceiro trimestre, montante 2,9% maior em relação ao mesmo período do ano passado, de R$ 5,997 bilhões. Em relação ao segundo, quando esses gastos totalizaram R$ 6,337 bilhões, recuou 2,7%.
Nos primeiros nove meses de 2016, o resultado de créditos de liquidação duvidosa do Itaú foi a R$ 17,568 milhões, alta de 24,5% em relação ao mesmo período de 2015. "Esse aumento ocorreu principalmente em função das maiores despesas de provisão para créditos de liquidação duvidosa, que somaram R$ 20,330 bilhões
no período, principalmente devido ao reforço do provisionamento para grupos econômicos específicos, em função do cenário econômico desafiador", explica o Itaú, em relatório que acompanha suas demonstrações financeiras.
O saldo de PDDs do banco alcançou R$ 39,103 bilhões no terceiro trimestre, aumento de 8,1% em um ano, quando estava em R$ 36,179 bilhões. Na comparação com o segundo trimestre, de R$ 38,470 bilhões, cresceu 1,6%. Fonte: http://www.istoedinheiro.com.br/noticias/negocios/20161031/inadimplencia-total-itau-unibanco-sobe-vai-trimestre/427963}