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17/12/2016 14h00 - Atualizado em 17/12/2016 14h00 Mensalidades escolares no Triângulo Mineiro ficam mais caras em 2017
Reajuste será entre 8% e 12%, segundo Sindicato das Escolas Particulares.
Instituições de Uberlândia e Uberaba comentam alteração nos valores.
Mariana DiasDo G1 Triângulo Mineiro
Os pais e responsáveis de alunos das escolas particulares do Triângulo Mineiro podem preparar o bolso para 2017. Segundo o Sindicato das Escolas Particulares do Triângulo Mineiro (Sinep-TM), as mensalidades vão sofrer um reajuste entre 8% e 12%.
A presidente do sindicato, Átila Rodrigues afirma que o reajuste é feito com base numa planilha, regida por uma legislação própria do setor. “Esta planilha varia de escola para escola e por isso não há indexador. Mas, basicamente, a escola define sua anuidade com base nos custos que ela vai ter, dividido pelo número de alunos pagantes. As mensalidades são dividas, via de regra, em 12 parcelas – pode ser dividido em mais ou menos que isso”, explicou.
O fator determinante para este aumento em 2017, de acordo com Átila, é a obrigatoriedade de atendimento à educação inclusiva. Ela lembra que, em 2015, o Supremo Tribunal Federal (STF) aprovou uma lei que obriga todas as escolas brasileiras a receber estudantes com deficiência e proíbe escolas particulares de cobrar mais nas mensalidades e matrículas para receber esses alunos com algum tipo de dificuldade.
“Não se pode cobrar diferente deste aluno da educação inclusiva. Mas ele é custo para escola, porque ele demanda o contrato de profissionais especializados e compra de materiais específicos. Estamos prevendo este reajuste considerando o custo da educação inclusiva”, ressaltou.
A evasão para escolas públicas e a inadimplência também foram justificativas consideradas para o reajuste – o que, segundo a presidente do Sinep, teve um crescimento significativo para 2017. “Por causa da crise, temos percebido que há uma navegação entre as escolas particulares, ou seja, os pais pesquisam mais o preço de escola para escola e avaliam e até a transferência do filho para a rede pública, além da redução da jornada do aluno (passa da integral para parcial). Essas situações são bem incidentes e tiveram um crescimento significativo para o ano que vem”, observou.
Escolas falam sobre reajuste
O G1 conversou com duas escolas particulares: o Colégio Osvaldo Cruz (COC) de Uberlândia e o Colégio Nossa Senhora das Dores (CNSD) de Uberaba.
No COC, o reajuste das mensalidades será de 10% para 2017, segundo a coordenadora pedagógica Ana Paula Gerino. “Para não perder o aluno, estamos analisando caso por caso para que a escola consiga ter alunos e a família, que está satisfeita com qualidade do colégio, possa ficar. Porque a primeira coisa que os pais perguntam é sobre o valor e não o que a escola oferece – por conta dessa situação critica que o país tem passando”, relatou.
No caso das matrículas novas é feita uma negociação do reajuste entre o colégio e os pais, com base no valor cobrado no ano anterior. “Mesmo assim, fazemos um acordo e um limite para atender estes pais que querem colocar o filho no colégio”, acrescentou.
Ana Paula avalia que, apesar da crise, a escola não foi tão afetada como um todo. “Não podemos reclamar. Até que temos feito matrículas novas e muitas rematrículas; a procura do pré-vestibular também está boa. A escola, nesse sentido, está equilibrada”, constatou.
No CNSD, segundo Milton Silva, gerente administrativo e financeiro, o reajuste ficou 9,5% – o que ele afirma estar dentro do necessário para a escola continuar oferecendo o serviço. "Procuramos repassar o básico, para atender as previsões que vamos ter de custos fixos. A escola procura, da melhor forma ver com as famílias o que é possível. Priorizamos os casos que são mais necessários", afirmou.
Sobre as matrículas, Milton avalia que o reajuste pode levar a uma diminuição na procura das matrículas, pois as famílias passam por dificuldades neste período crítico. "Ainda é difícil saber dados exatos, pois as matrículas ainda não foram fechadas. Especificamente o CNSD, pelo que eu tenho acompanhado das reservas das matrículas, acredito que se tiver uma evasão, vai ser algo em torno de 5%. O meu posicionamento é que a gente consiga renovar o quadro. Caso não, haverá uma queda entre 5% e 6%", finalizou.
Fonte: http://g1.globo.com/minas-gerais/triangulo-mineiro/noticia/2016/12/mensalidades-escolares-no-triangulo-mineiro-ficam-mais-caras-em-2017.html
Inadimplência por compras a prazo aumenta em Campinas, afirma Acic
Pesquisa mostra que 11,3% das vendas parceladas não foram pagas.
Balanço inclui dados de janeiro a novembro; veja dicas de economista.
A inadimplência em compras a prazo aumentou em Campinas (SP), segundo a Associação Comercial e Industrial (Acic). Entre janeiro e novembro, 11,3% das 4,5 milhões de vendas parceladas deixaram de ser pagas, enquanto no mesmo período de 2015 o índice era de 10,1%.
O principal motivo para a inadimplência, de acordo com a Acic, é descontrole das finanças. Ao todo, 509 mil carnês já venceram. “Você quer dar presente para todo mundo e se empolga nisso de pagar a prazo, mas tem as contas do ano que vem”, conta a servidora Rafaela de Souza.
Orientações
Para o economista e professor da PUC-Campinas Roberto Brito de Carvalho, o consumidor deve ter cautela para não ser iludido no parcelamento das compras. Como exemplo, ele cita um produto que custa R$ 100 à vista, e que pode ser vendido pelas lojas em três parcelas de R$ 40.
"Eu me sinto mais confortável de pagar em três vezes, porque aí eu posso pagar mais. Está aí o grande engano, porque você passa a ter uma despesa mais pesada ao longo de um período maior e sem ter condições necessariamente para fazer o pagamento”, explica o economista.
Organização
Para quem tem o parcelamento como única alternativa, a orientação dele é para que os clientes se programem. “As pessoas devem se estruturar para fazer, sobretudo deixando e renunciando consumo no futuro, para honrar aqueles compromissos assumidos no passado”, ressalta.
Para a vigilante Adriana de Souza, comprar à vista é a melhor opção para evitar problemas financeiros como inadimplência. "Chega janeiro, e você não tem dívida para pagar”, avalia.
Fonte: http://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/noticia/2016/12/inadimplencia-por-compras-prazo-aumenta-em-campinas-afirma-acic.html
FGTS para pagar dívidas
O Governo Federal quer utilizar o FGTS para que os trabalhadores brasileiros possam pagar suas dívidas.
Autor: Reinaldo Domingos
Dentro do pacote econômico que o presidente Michel Temer vai lançar para reaquecer a economia está um ponto que me gera grande preocupação, a possibilidade de liberar até R$ 30 bilhões do FGTS para o abatimento da dívida de pessoas físicas com bancos.
Acredito que essa ação esteja sendo tomada com a melhor das intenções, todavia é algo paliativo que pode gerar reflexos negativos no futuro. Os governantes não percebem que o caminho para o crescimento do país está na educação, nesse caso, na educação financeira, e mais uma vez colocam a população em risco de perder suas garantias financeiras futuras.
Lembrando que o FGTS vem sendo usado como uma “tábua de salvação” e no meio deste ano foi disponibilizando também para garantir o crédito consignado, mas tais ações escondem uma série de riscos. A ideia é que o trabalhador pudesse disponibilizar 10% do que tem depositado em seu Fundo, somado aos 40% de multa por ter sido despedido, como garantia ao financiamento que está contratando.
O que as pessoas não percebem é que o FGTS é uma garantia para o futuro. E por isso, na maioria das vezes, só pode ser usado em situações específicas. O FGTS funciona como uma poupança forçada para o trabalhador, então, não vejo com bons olhos o uso dos recursos para a amortização de dívidas.
Avalio que o trabalhador deve enxergar o fundo como um investimento em longo prazo e respeitar a proposta. Deve ser encarado como uma reserva estratégica em caso de aposentaria ou demissão. Embora o rendimento seja o menor do mercado, o FGTS é uma forma de forçar o trabalhador a ter uma poupança. As pessoas esquecem a sua finalidade.
É uma poupança que ninguém pega ou penhora. O pensamento sobre o FGTS não deve ser o mesmo do que o tido com outro tipo de investimento. Enfim, as pessoas não percebem que enquanto não ocorrerem ações sérias de educação sobre como utilizar o dinheiro de forma consciente, o resultado será problemático, com os brasileiros batendo recordes de inadimplência, por isso, muito cuidado! Essa ação com certeza será benéfica aos bancos, mas, aos endividados o caminho é outro.
Como sair das dívidas
Caminhos alternativos para fugir do endividamento são possíveis. Pensando nisso, veja algumas orientações que indicam como resolver o problema definitivamente:
Se você possui diversas dívidas, mas ainda não está inadimplente, cuidado! A situação é bastante preocupante. Levante todos os valores e estabeleça uma estratégia para que continue adimplente. E lembre-se, estar endividado nem sempre é um problema; o problema é quando não se consegue pagar esse compromisso;
Se já estiver inadimplente, antes de sair negociando, tenha total conhecimento de sua situação. Faça um diagnóstico financeiro, registrando o que ganha e o que gasta, e conheça o seu verdadeiro “eu financeiro”;
Faça um apontamento de despesas diárias, separado por tipo de despesas, durante os próximos 30 dias. Esse é o caminho para que fique tudo mais claro. Somente assim poderá cortar gastos e reduzir excessos;
Muitas vezes, é importante dizer “devo, não nego, pago, como e quando puder”. Nunca se deve procurar o credor (pessoa ou instituição para quem se deve) antes de ter domínio completo da sua situação financeira;
A portabilidade é uma das ferramentas para reduzir o endividamento, portanto procure por linhas de créditos mais baixas. Porém, é importante frisar, isso não resolve a causa do problema;
No planejamento para pagar as dívidas, priorize as que têm os juros mais altos. Geralmente são as de cartão de crédito e cheque especial;
Na hora de negociar, se for parcelar as dívidas, tenha certeza de que cabem em seu orçamento;
Antes de pagar as dívidas, é preciso reunir a família (inclusive as crianças), apresentar o problema e discutir as alternativas. Saiba que, para pagar as dívidas atrasadas, terá que repensar o seu padrão de vida, pois a sua força de pagamento será reduzida nos próximos meses, com o incío do pagamento das parcelas;
Não existe uma porcentagem exata do quanto terá que direcionar para pagar suas dívidas, isso dependerá do diagnóstico financeiro feito previamente;
Além de pagar as dívidas, procure guardar dinheiro para fazer suas próximas compras à vista e obter descontos. Mesmo endividado, inicie o projeto de vida de ser independente e sustentável financeiramente.
E não se esqueça: é preciso respeitar o dinheiro e entender que ele é um meio e não um fim. Seguindo essas orientações você verá que, independente da situação, sempre haverá uma solução.
* Reinaldo Domingos é doutor em educação financeira, presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin) e da DSOP Educação Financeira.
Fonte: http://www.odebate.com.br/ideias-em-debate/fgts-para-pagar-dividas-13-12-2016.html